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Page history last edited by PBworks 15 years, 9 months ago

Participantes do Grupo:

 


 Elisabeth Fátima 06/06/08

 
   Aprender é adquirir conhecimentos e habilidades para solucionar problemas do cotidiano e a criança através da curiosidade procura esses conhecimentos perguntando teorias do mundo que ainda não formulou por completo. O professor deve dar condições para que o aluno desenvolva sua capacidade de observação, reflexão, criação, decisão e comunicação. As experiências das crianças na escola, portanto, devem transcender a mera aquisição de habilidade de leitura e escrita, e a escola tem um papel relevante nesse processo e precisa ter consciência disso, pois conhecendo as aptidões e deficiências dos nossos alunos poderão aproveitar os momentos favoráveis à aprendizagem, estimulando e incentivando a cada nova descoberta.
   Nas salas de aulas de hoje, os alunos de seis e sete anos são mais ativos e trazem para a escola muitos conhecimentos e experiências que devem ser trocadas com o grupo e com os adultos, pois essas crianças têm acesso direto ou indireto a uma diversidade de mídias (TV, vídeos, internet, celulares, jornais etc.) que, gostemos ou não interferem nos processos de aprendizagem e nas relações com o mundo que vivem. Nossos alunos são produto de nosso tempo. Não podemos ignorar que essas influências repercutem no processo de ensino aprendizagem. Compreender como são as relações que os meios de comunicação e as tecnologias têm com o cotidiano é importante para definir um projeto didático voltado para a formação, amadurecimento e enriquecimento do cidadão, mesmo que esse nosso cidadão tenha apenas seis ou sete anos, pois é a faixa etária dos meus alunos.
 
Olá, Elisabeth. Qual foi o texto lido? Será que a criança "pergunta teorias"? Na tua prática existem momentos em que levas em consideração os conhecimentos das tuas crianças, em que procuras desenvolver a reflexão, criação, decisão e comunicação? Podes exemplificar? (Iris)
 

 

 Jaqueline  Ferreira (14/06/2008)

   Em primeiro lugar  o vídeo sobre as perguntas realmente é o máximo,muito bom mesmo.

   Me sinto um pouco privilegiada por poder compartilhar de alguns fatos que acredito ter relevância  na atividade  proposta ,vamos a eles então.

   A criança desde  cedo ,através de suas experiências ,do contexto e de  percepções diárias  constrói seu conhecimento prévio . 

   Tenho um filho de três anos que  está na idade  do "por que",faz tanta pergunta  que poderia facilmente participar do vídeo apresentado,é uma atrás da outra até que  sacie sua curiosidade construindo assim seu conhecimento prévio ,através  do egocentrismo  ,partindo das  observações  feitas e  das informações que transmitimos.

   Um exemplo disso é o fato  de que , como muitas vezes não temos com quem deixá-lo ,ele participa de tudo junto  comigo e meu marido,se vamos ao médico ,ao mercado,a trabalho,.. e que  tudo em nossa casa  dizemos ser nosso (dos três). Certo dia  o Victor pegou  uma foto onde aparecia  eu e  meu marido  antes dele nascer, mostrou  para nós e definiu quem era(minha mamãe ,meu papai),depois olhou bem sério  e perguntou: "por que eu não estou ?" "Onde eu estava ,brincando?" "Por que não deixaram eu  aqui também?" ,é verdade ele sempre faz muitas perguntas  até que esteja saciada sua curiosidade e  que possa mais tarde  responder  se acaso alguém  lhe perguntar sobre o mesmo assunto. Em outros momentos ,alguns perigosos, as informações são dadas  mas é  preciso  ele experimentar  e desafiar  e para se convencer do que foi dito  e depois construir seu conhecimento(um caso típico foi dizer para ele  não tocar  no ferro de passar roupa ,durante muito tempo ele resistiu ,mas  um dia ...Agora ele repete o que eu havia dito antes: "não pode né mamãe faz dodói e queima e eu vou chorar"). 

    O segundo caso  é relacionado a uma experiência de sala de aula   a algum tempo atrás,quando  lançaram os primeiros video games.Os alunos estavam impossíveis,respiravam   ,dormiam e acordavam   sobre o mesmo interesse "video game". Notando isto resolvi  utilizar a meu favor,pedi que mostrassem  as revistas que já  estavam circulando "por debaixo dos panos" e que falassem sobre o assunto. É claro que fiz  muitas perguntas ,para aprender também sobre o tema,entre  eles havia muita curiosidade também  que fui anotando  ( quem tinha  qual tipo  de video game,custos,quantas revistas,quem tinha mais ,quem  fez mais pontos nos jogos,etc) e a partir daí fiz atividades relacionadas (histórias  matemáticas,cálculos,desenhos...). 

    Analisando o fato hoje acredito  que  poderia ter explorado melhor o tema naquela época e lembro também de ser um tanto discriminada por não estar dando "conteúdo" para as crianças. Talvez não tenha conduzido  da melhor forma  a atividade mas a intenção era boa houve uma investigação  que partiu do interesse dos alunos e  houve a construção de conhecimentos  a partir da análise  e comparação.  

    O terceiro fato que trago é referente ao trabalho que tem sido realizado na  nossa escola hoje ,o "tema gerador",que parte de  perguntas de exploração (noção do que iremos trabalhar de a cordo com o interesse do aluno),perguntas de   justificação( onde levamos filme,ou trabalhos  que falem sobre o tema e onde os alunos irãoo expor seu ponto de vista) e  as perguntas de argumenação  ( trabalhos que mostrem  a idéia do que foi visto  e o contra ponto  relacionando a  idéia inicial  ao  novo conhecimento).

     Mais uma vez  me deparo com  questões  inquietantes,o fato de que  as escolas  ainda trabalham com o método tradicional,a resistência  dos colegas em face as mudanças, a idéia de que  deve-se seguir a risca o cronograma e os conteúdos estabelecidos, o preconceito dos colegas em relação ao próprio colega  que  faz um trabalho diferente  e  a questão  da falta de ambientes  e materiais  necessários para as atividades propostas  tais como um laboratório de informática (ou pelo menos que se disponibilize  algum computador e internet para consultas), laboratório, biblioteca equipada com  livros e  informações atuais sobre os temas a serem trabalhados e a compreensaõ dos pais  nas saídas de campo  que muitas vezes não permitem por várias razões. 

     As mudanças  estão ocorrendo, a maneira com que os professores formulam as perguntas  e lançam as atividades influenciam na  interpretação dos alunos e precisam ser  revistas  diante das formas de avaliar. Isso acontece  até mesmo no nosso curso PEAD, algumas questões propostas  já deu muito pano pra manga e as perguntas não  param nos comentários feitos pelas tutoras e professoras. 

    Então devemos tentar  alcançar  sempre uma resposta completa , construir e reconstruir  conhecimentos procurando  uma explicação até que se satisfaça  a curiosidade,l evando o educando a formular idéias coerentes chegando a concepções complexas e abstratas.  

 

Olá, Jaque. Não ficou claro para mim que texto leste. Outra coisa que chamou minha atenção foram as perguntas de exploração, justificação e (contra)-argumentação. De onde esta idéia foi tirada? Como podemos ter perguntas de justificação levando filmes ou trabalhos que falem sobre um determinado tema? Sabes de onde surgiu este tipo de "técnica", que aqui é apresentada de forma completamente diferente? (Iris)

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 Barbara  Carvalho Kosmaliski 16/06/2008

 

 

Após a leitura dos textos sugeridos pela interdisciplina Seminário Integrador, percebi o quão importante são os aspectos curiosos do mundo infantil, logo estes questionamentos infantis incultidos no  saber podem sim despertar o desejo de aprender do educando.   Se mais professoras tivessem acesso a esses textos com certeza provocaria nelas o mesmo "ar" instigante que provocou em mim. Na minha escola, oriento o Conselho Escolar e ouvi por diversas vezes queixas de que o aluno não está interessado na aula, sugeri ao professor que realizasse o "Dia da Curiosidade", dia este em que os alunos trariam perguntas pertinentes a determinados assuntos e na próxima aula trouxessem materiais como: revistas, livros, enciclopédias, com base nas curiosidades e a partir  se planeja as aulas a serem ministradas. Algumas professoras seguiram a sugestão e estão adorando, no entanto outras... pois como no próprio texto relata "...mudança conceitual é muito difícil. Adultos e crianças resistem em abrir mão de conceitos intuitivamente elaborados..." é preciso desequilibrar estas idéias pré-concebidas e assim criar dúvidas sobre elas. No entanto estamos presas a uma carapaça que nos ostenta de forma dramática, pois estamos sempre lamentando em vez de buscar soluções, criamos mais obstáculos.

Contudo para mim, o mais doloroso é ver as mães maltratando os filhos, agredindo-os fisicamente e moralmente chamando-os de burros, trouxas... o que cobrar destes alunos se o referencial é problemático?

Leio os textos, só não sou boa com as palavras! Onde será que a minha professora falhou???

 

Olá, Bárbara. Coloco a mesma questão para ti. Que texto leste? Só o primeiro, que era obrigatório para quem não foi à aula? Que outro texto leste?  Que idéias te parecem centrais?  Porque falas em "cobrar" dos alunos?  Outra coisa: será que tua professora falhou? Aprendemos a escrever, escrevendo e aqui não faltam oportunidades. Assim, mão à obra e aos poucos vais perceber maior fluidez nos teus escritos.  (Iris)

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 Jaqueline  Ferreira (17/06/2008)

      Professora Iris,li todos os textos  indicados:conhecimento prévio,qual é a questão,perguntas inteligentes e

fazer perguntas.De cada um deles tirei um pouco  de idéia para fazer  o relato mas  lendo novamente o que escevi

confesso que  também  achei um pouco confuso.

     Quanto a técnica que lhe chamou a atenção,as perguntas de justificação e contra argumentação,realmente 

isso não consta  em nenhum dos textos mas as perguntas de exploração sim. Creio ter  pensado em algo relativo 

mas escrevi de forma atrapalhada.

     No texto "Perguntas inteligentes:o que é isto ?" ,Castorina identifica três tipos de perguntas características:de

exploração ,de justificação e questões de contra argumentação.

     No trabalho desenvolvido,tema gerador,trabalhamos inicialmente com as perguntas de exploração com o objetivo

de  fazer  aflorar situações  do cotidiano  e da vivência do aluno que possam ser utilizadas nas  atividades e

aprendizagens.

     Depois disso são  apresentados materiais que falem sobre o tema para discussão  onde  podemos  verificar  o

ponto de vista dos alunos  e  sua expectativa diante das problematizações. Este trabalho  busca  desequilibrar o

aluno diante de situações de sua  vivência  ,mostra  diversos  conceitos  sobre o mesmo tema e provoca

 questionamento e reflexão para modificarem  suas ações  tendo uma postura crítica  em prol de sua cidadania. 

     O conhecimento prévio  aparece mas nem sempre é respeitado,acaba-se por muitas vezes deixar  o tradicional

tomar conta.

     O papel do professr questionador é muito importante tanto nas  questões  principais quanto nas  sub-questões 

pois fará com que o aluno reavalie seu conhecimento e formule hipóteses  sobre os questionamentos  até que

chegue a  uma nova aprendizagem.

     Uma pergunta pode ter várias interpretações diante dos alunos   e para  saber que resposta  seria a mais

apropriada é preciso que as hipóteses sejam verificadas , e muitas  sub questões sejam levantadas,como no

caso descrito sobre os alunos  que estavam verificando  a existência do calor,colocaram termômetro nas  

roupas  levantaram hipóteses,fizeram outras experimentações e sub questões até chegarem a  possibilidades

mais viáveis e consequentemente a seu novo conhecimento.

     O trabalho do professor no ato de levantar questões e sub-quetões  cria a oportunidade  do aluno  aprender

diante de seu próprio conhecimento  interagindo  com  novas hipóteses,porém este trabalho dentro de um

método de ensino tradicional encontra  muita resistência . Por  ser um trabalho diferente  e não ser aplicado

com freqüência  o aluno tem mais dificuldade em  se envolver  com responsabilidade  nas atividades , não há

nas escolas material   e recurso suficiente para  os projetos, os pais acham que  atividades diferentes não são

aula, se  os conteúdos  não forem vencidos  haverá reclamação dos colegas e  por fim  o professor por mais que

acredite  nos trabalhos  que respeitam  os interesses dos alunos e sua realidade acaba  se desmotivando  e

voltando  ao tradicional.

Olá, Jaque! Agora ficou mais claro.  Quem propunha o uso de questões de exploração, justificação e contra-argumentação era Piaget e Castorina escreveu muito sobre isso.

Acreditas que os pais, colegas e o "ensino tradicional" monitoram tua sala de aula a ponto de não poderes explorar outras abordagens com teus alunos? Geralmente, o que se ouve são queixas de que os pais são omissos, cada um faz o que pode dentro de sua sala de aula e faz por si, sem muito tempo para conversar com os colegas.

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Comments (2)

Anonymous said

at 8:50 am on Jun 16, 2008

Olá Elisabeth, percebes o quanto "o professor deve, deve, deve..." apareceu na tua escrita?! Te deste conta de que este professor és tu?! Pois bem, a partir da tua escrita (extremamente pertinente): "As experiências das crianças na escola, portanto, devem transcender a mera aquisição de habilidade de leitura e escrita, e a escola tem um papel relevante nesse processo e precisa ter consciência disso, pois conhecendo as aptidões e deficiências dos nossos alunos poderão aproveitar os momentos favoráveis à aprendizagem, estimulando e incentivando a cada nova descoberta." Penso: o que estás realizando em tua prática para que de fato isso ocorra?! Vamos pensando nisso ... ?!

Anonymous said

at 9:02 am on Jun 16, 2008

Olá Jaqueline... É uma pena que o pobre do teu menino tenha que ter experimentado desta situação para de fato saber que "dói", não é mesmo?! Judiaria... Mas de que forma você acredita que esta situação poderia contribuir para outras aprendizagens?! Que outras relações poderías ter aproveitado no momento para tentar estabelecer com ele?! Pensei em algumas por aqui, mas vamos ver o que você vê sobre o assunto :-) Quanto ao teu relato 2, acredito que tenhas feito uma diferença significativa na vida destas crianças. Se tiveres oportunidade algum dia de conversar com elas sobre isso, pergunte! Certamente irão lembrar, pois o trabalho teve significado :-) E quanto ao terceiro, sabemos que é uma caminhada que leva tempo! Que existe muita resistência, muito medo... e igorância por parte das pessoas mesmo. Bom, seguimos nosso trabalho! Um abraço, Daiane.

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